E mais uma tarde de susto no Rio de Janeiro em uma cena clássica de tentativa de assalto próximo ao Campo do Santana.
Graças a Deus, o assalto não foi concretizado e só sofri leves arranhões na mão direita.
Ao sair da UERJ peguei um ônibus em direção ao Centro e vivenciei uma cena corriqueira nas ruas do Centro. O Grande problema é que não damos à mínima quando é com os outros e sempre achamos que nunca vai acontecer com agente. Pois bem, lá estava eu falando ao celular com a janela aberta e mais que depressa um menino puxou o celular da minha mão. Juntei todas as minhas forças e segurei o celular. Até agora não entendi a minha reação, mas o fato é que eu poderia ter tido a mão arrancada e boa parte do meu cabelo também..
Segundo o trocador, ele e viu o menino se aproximando, mas resolveu não avisar. Veja bem, ele me falou. “Eu vi o assaltante vindo, mas não quis me meter”. Diante desta fala, engoli o choro e estou até agora refletindo sobre o que esta acontecendo com o mundo.
E mais, o passageiro no banco atrás de mim, disse que a vontade dele era segurar a mão do menino e mandar o motorista arrancar com o ônibus.
Gente! Eu estou tão indignada com tudo, que sinceramente, não consigo pensar em nada.
Estou com pena do menino, do trocador, do passageiro e de todos os moradores do RJ que sofrem com esta merda chamada desigualdade social.
Até quando um menino vai precisar roubar!? Até quando o trocador do ônibus vai continuar achando que isso não é um problema dele. E até quando vamos continuar com este sentimento de que violência se paga com mais violência?!
Quando saltei do ônibus, ainda tonta com tudo que vivenciei. Passei por duas crianças que interpretei como pessoas em situação de rua, minha reação na mesma hora foi segurar a bolsa bem apertada. Em seguida fiquei com raiva de mim mesma pela minha atitude, mas não sei o como agir com tamanha tortura urbana que estamos passando.
A minha vontade é enfiar meu diploma de Assistente Social em baixo da cama e sair correndo.
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